SOA – Panaceia ?

Por  Ricardo de Castro Barbosa

Panaceia, na mitologia grega, era a deusa da cura. O termo é muito utilizado com o significado de remédio para todos os males.(O nome pode sugerir bagunça ou confusão geral, mas não é.)

Quando pensamos em SOA, imaginamos empresas, provavelmente resultantes de fusões e aquisições, cujos sistemas são um emaranhado de integrações ponto-a-ponto, e que se encontram com sérias dificuldades em evoluir seus sistemas. De fato, empresas com este perfil são excelentes candidatas à adoção de SOA, razão pela qual os grandes bancos e as empresas de telecomunicações foram as pioneiras neste sentido. Entretanto, SOA não é Panaceia. Devemos ter muito cuidado no entendimento do que SOA é capaz de produzir, antes de iniciarmos uma jornada neste sentido.

Existem, porém, outros tipos de empresa que também podem se beneficiar com a adoção de SOA. As empresas de tecnologia, fornecedoras de software, estão construindo seus sistemas com esta arquitetura, para ter facilidade de evolução das suas soluções. Algumas já estão oferecendo isto como vantagem aos clientes, ou seja, o cliente pode dispor dos módulos (Serviços) adquiridos, formando novas composições, e, desta forma, retratar mudanças em seus processos de negócio. Os padrões ainda não são abertos, ou seja, ainda não é possível adquirir os melhores Serviços de diferentes fornecedores de tecnologia e compô-los representando seus processos de negócio. Mas talvez este seja o caminho que estes fornecedores terão que trilhar, por pressão do próprio mercado. Não é por acaso que muitas pequenas e médias empresas produtoras de software participam dos cursos de SOA.

Continuando, as empresas que produzem software, mas que não tem propriedade sobre ele, (terceirizados), podem sugerir aos seus clientes a adoção de SOA, o que acarretaria uma diminuição da pressão para entregas mais ágeis. Além disto, os Serviços comuns a vários clientes poderiam trazer economia a todos. Da mesma forma, as empresas que terceirizam sua atividade de desenvolvimento, podem começar a exigir de seus fornecedores que construam as aplicações com base nesta arquitetura. Neste caso, a boa prática indica que a empresa contratante identifique os Serviços desejados, defina a granularidade adequada e as composições, e que chegue até à construção do contrato (WSDL no caso de Web Services). É bom que todos estejam preparados por que, cedo ou tarde, alguém dará o pontapé inicial.

Novas empresas poderão ser criadas. No primeiro seminário SOA que realizamos no Brasil, em outubro de 2007, um dos participantes surgiu com uma ideia: formar uma empresa de venda de Serviços, cobrando por transação. Com certeza novas formas de negócio poderão surgir em torno da tecnologia que viabiliza as iniciativas SOA.

Ricardo de Castro Barbosa é Diretor da SOA Master Educação e Consultoria Ltda. É certificado como SOA-Professional, SOA-Consultant e SOA-Architect pela SOASchool, do Prof. Thomas Erl.

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Curso SOA – Sevice Oriented Architecture – 1 (um) dia

Dia 17 de fevereiro, no Rio de Janeiro

Preço Único: R$ 570,00

Local do curso: Av. Pasteur, 86 – Botafogo

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Tels: (11) 4191-6051         (11) 4191-6051 / 4191-3970 (c/ Patrícia Medeiros)

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